terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Sting e o Yoga

Acredito que não é por acaso que o cantor Sting, escolheu praticar Yoga:

Uma das coisas mais fascinantes em relação ao Yoga é que à medida que envelheço parece que fica melhor em partes de minha prática, o que é muito motivador. O Yoga, no mínimo, está revertendo o processo de envelhecimento. Eu agora consigo fazer coisas com meu corpo que eu nem sequer imaginava fazer quando eu era um atleta ou quando adolescente. O Yoga me faz cantar, pois respiro melhor.

O Yoga é definitivamente parte da vida diária e é algo que eu quero continuar fazendo pra sempre. É interessante para mim ver como o Yoga está se tornando incrivelmente popular, com mais e mais pessoas aderindo. Eu acho que o tempo é próprio para o Yoga.

Sting, compositor e ativista ecológico

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Algum Yoga


Resolvi postar um belo texto do querido professor Pedro Kupfer, que li no site www.yoga.pro.br, onde sempre tem muitas matérias legais e podemos compartilhar esse conhecimento lindo. Aproveitem!

O Yoga como Yoga

Há muitas formas de definir o Yoga e muitas abordagens que podem ser feitas em relação a ele. Para simplificar, e não cansar o paciente leitor com repetições, digamos apenas que Yoga é uma escola de autoconhecimento, ou o exercício da prática desse conhecimento sobre si mesmo na vida real, através de atitudes e ações conscientes. Desde tempos imemoriais, o Yoga esteve vinculado à busca da liberdade. Por paradoxal que possa ser buscar algo que nós somos (uma vez que o Yoga ensina que aquilo que buscamos é o que de fato já somos), esse é o objetivo, e todo o esforço do praticante está centrado na completude desse processo de crescimento interior.

Nessa ordem de coisas, o Yoga nunca foi um método para manter a saúde ou a boa forma, nem para prosperar ou enriquecer materialmente. O tipo de prosperidade e conforto para o qual o Yoga aponta, certamente, não está centrado na realização de desejos ou na acumulação de bens materiais. A riqueza para a qual o Yoga aponta é de outra índole. A meta é cultivar um estado de pacífica plenitude, independentemente do estado da conta bancária ou da saúde física, que pontue todos os momentos da existência. Esse estado de plenitude é chamado moksha, que quer dizer liberdade, em sânscrito.

Tradicionalmente, as pessoas comprometidas com esse caminho não eram necessariamente as mais ricas ou visíveis dentro da sociedade, embora dentre os adeptos do passado não faltassem figuras como o rei Janaka, umyogi-governante lembrado pela temperança, justiça e generosidade com que reinou. No passado remoto, os yogis preferiam a vida simples, na floresta, nas montanhas, perto dos rios, ou em lugares igualmente recolhidos e tranqüilos. No passado mais recente e no presente, da mesma maneira, percebemos que muitos praticantes escolheram lugares solitários para viver, praticar e ensinar. Um exemplo é o grande erudito Georg Feuerstein, que pouco tempo atrás se recolheu numa cabana nas florestas do Canadá, deixando para trás grandes projetos profissionais e educacionais.

O Yoga como exercício

Originalmente, o Hatha Yoga era um dos métodos ou formas do Yoga, que tinha a peculiaridade de usar o corpo físico como veículo para atingir o estado de liberdade. A prática das posturas, por sua vez, era uma ínfima parte desse método. Com a distorção atual, vemos que essa ínfima parte do Yoga tornou-se sinônimo de Hatha, e que este termo, por sua vez, tornou-se sinônimo de Yoga. No caminho, ficaram para trás técnicas avançadas ou sofisticadas, como mudra, pranayama, mantra e meditação. A falácia de vermos o Yoga desta maneira é que se Yoga é igual a Hatha, e Hatha é igual a ásana, então, Yoga é ásana:

Yoga = Hatha; Hatha = ásana => Yoga = ásana.

Concluir isto seria tão precipitado quanto concluir que se Yoga é um conjunto de técnicas, e que o mula bandha, a contração dos esfíncteres, é uma dessas técnicas, então, qualquer pessoa que contraia os esfíncteres estará praticando Yoga.

Enquanto seja verdade que o Yoga lida com o corpo, a mente e as emoções, seu objetivo maior é a liberdade, moksha. No entanto, a visão reducionista que a sociedade tem do Yoga na atualidade é de que este seria uma espécie de exótica ginástica oriental ou exercício anti-estresse. Essa percepção equivocada é fruto da confusão entre meios e fins em algumas áreas do próprio ambiente dos professores de Yoga. Muitos instrutores desconsideram a visão da vida e o ensinamento sobre si mesmo, julgando serem mera teoria, e acabam se centrando nas técnicas, que passam a ser vistas como objetivos a serem atingidos.

Quando a mídia promove esta confusão, o público recebe a informação de que Yoga é exercício físico para o bem-estar, e mais nada. Com esta distorção na visão dos objetivos, confundem-se ferramentas e metas e o cuidado com o corpo, que sempre foi considerado um veículo para alcançar a meta maior, passa a ser considerado um fim em si mesmo. A responsabilidade, obviamente, fica com os professores que, por opiniões ou ações distorcidas, ou mesmo por omissões (por exemplo, quando um professor diz “eu não me meto nessas coisas”), dão início a esse processo de confundir meios e fins.

“O Yoga da Prosperidade”

Atualmente, para piorar as coisas, há autores da área da auto-ajuda que, às vezes dissimuladamente, às vezes descaradamente, expõem o Yoga como um sistema que ajudaria o praticante a fazer dinheiro. Eufemisticamente, a palavra dinheiro não é empregada. Em seu lugar, entram termos mais neutros, como prosperidade, sucesso, riqueza ou abundância. Ainda, estes ensinamentos aparecem profusa e generosamente pintados com “verniz espiritual”, adornados com citações das Upanishads e outros shastras.

Então, não testemunhamos apenas a redução do Yoga a um exercício físico, mas igualmente percebemos um uso questionável dos seus valores como ferramenta para prosperar. Assim, invertem-se os princípios fundamentais da ética yogika: onde deveria haver desapego, campa a busca da abundância, como se nela estivesse a plenitude. Onde os praticantes deveríamos ser convidados para pensar na simplicidade, propõe-se a busca do hedonismo, como se nele pudéssemos achar a felicidade. Onde deveríamos refletir sobre a nossa verdadeira identidade, nos propõem a realização das ambições como solução para a felicidade. Nessa trilha, alguém ainda vai escrever livros como O Yoga Sutra da Prosperidade, Os Sete Segredos do Yoga, ou Patañjali, o Maior Vendedor do Mundo.

Nada contra a prosperidade, o conforto material, a segurança física, a busca do prazer e as demais extensões dos conceitos de artha e kama, abundância e desejo. Pelo contário: esses dois elementos, que são propósitos humanos válidos (purusharthas), devem ser levados em conta dentro das limitações intrínsecas a eles. Não é daí que virão a felicidade ou a liberdade. Eles devem ser equilibrados com ponderadas doses de esforço em direção ao dharma e amoksha, a harmonia com a lei natural e a liberdade, que são os outros dois propósitos. Como já dissemos acima, o método do Yoga é para atingirmoksha, não para se conseguir prosperidade ou satisfação dos desejos.

As alternativas para voltar à origem

A compreensão de que o Yoga seja algo além dessas distorções é a tábua de salvação do praticante sincero. A bem da verdade, o Yoga nunca esteve dirigido ao consumo fácil. Aqueles realmente interessados nos objetivos verdadeiros do Yoga continuam sendo uma pequena minoria dentro do imenso grupo das pessoas que se auto-definem como praticantes. Assim sendo, eles devem superar as provações que a vida lhes colocar, na forma de coisas que parecem Yoga, têm cara de Yoga, cheiro de Yoga, mas não são Yoga.

Tradicionalmente, o Yoga foi ensinado em espaços pequenos, para grupos reduzidos ou até mesmo de forma individual. As mesmas soluções que funcionaram no passado, como ilustra o exemplo do mestre Krishnamacharya, que ensinava num exíguo cômodo da própria casa, continuam funcionando e sendo aplicadas por muitos bons professores até hoje. Provavelmente, essas salas de prática não terão letreiros luminosos à porta. Provavelmente, não são lugares muito visíveis ou fáceis de se achar. Provavelmente, também, os professores que você encontre nesses lugares serão praticantes dedicados que, por estarem em casa, não têm o rabo preso para falar sobre espiritualidade.

Por sua parte, o praticante deve estar disposto a fazer frente a quaisquer dificuldades que possam aparecer no caminho. Dentre elas, podem surgir obstáculos internos como o desalento, a falta de motivação, a inércia ou a dúvida. Os obstáculos externos que o yogi encontra atualmente incluem professores despreparados e materiais de estudo e prática moderninhos e atraentes, mas vazios. Cabe a cada um, usando o bom-senso, evitar cair nessas armadilhas e trilhar pacificamente seu próprio caminho em direção à liberdade. Namaste!

Publicado originalmente na revista Prana Yoga Journal:www.eyoga.com.br.

    terça-feira, 3 de agosto de 2010

    Yoga e união



    Todas as linhas de Yoga têm em comum a busca pela paz interior, a compaixão como prática e diretriz a se seguir. Algumas visões praticam para acordá-la, outras linhas praticam para edificar e expandir esta paz; sendo budistas, hindus, tântricos ou até mesmo de outras formas ecumênicas nas quais a aceitação do outro, do diferente, faz parte da base filosófica e da atitude perante a vida.

    Muitas pessoas sentem dificuldade em silenciar a mente e despertar a consciência em suas vidas, pois foram programadas para serem racionais e competitivas ao extremo, se identificam apenas com o intelecto: ser feliz com a mente, “umbigo” ou com coração?

    Ser racional no amor? Então vem a frustração... O universo que é quântico, curvo, espiralado e multifacetado, e muitos o vêm com uma mente reta e têm uma percepção superficial de tudo e de si mesmos, buscam a felicidade onde ela não está, competem consigo mesmos e com os outros.

    O Yoga como união, paz, contentamento, pelo simples alinhamento entre pensar, falar e agir, são aspectos deste universo espiralado interligado e único, que só compreendemos quando reluzimos nossa verdadeira essência, multidimensional, que é o mais puro amor na essência, e se manifesta em bem-aventurança, compaixão e simplesmente paz.

    Por Pedro Franco, professor de Yoga.

    terça-feira, 1 de junho de 2010

    Beginner Yoga with Shiva Rea

    Spontaneous Core with Shiva Rea

    Yoga Shakti - Basic Flow

    Yoga Sun Salutations - Dancing Warrior

    Heart Salutation with Shiva Rea

    Assisto e insisto!!


    Gosto de observar as pessoas praticando, perceber como cada corpo terá um ajuste nos ásanas, que cada um terá suas especifidades e preferências, vai me tornando tão consciente do quanto indivíduo somos, quanto única é nossa história, que embora sejamos semelhante, afinal todo mundo tem boca, nariz, olhos, somos singulares na nossa existência. De pensar que cada pessoinha desse vasto planeta, tem um história que é sua, unicamente sua, isso já nos faz tão especial.

    Para inspirar a prática vou postar alguns vídeos que me tocam muito, pelo ritmo da prática, pela organização dos ásnas, tem vezes que é meio dança e yoga, lindo demais, as músicas são ótimas, as paisagens exuberantes e a Shiva Rea é demais praticando. Espero que gostem e boa prática!!





    terça-feira, 11 de maio de 2010

    Invertidas





    As posturas invertidas sempre geram muitas perguntas sobre os benefícios, a pedidos dos alunos e alunas que querem saber um pouco mais a respeito dessas posturas:

    Curam alguns tipos de dores de cabeça;
    Curam varizes;
    Aumentam a resistência ao frio;
    Afastam imediatamente a sensação de fadiga;
    Benéficos para transtornos hepáticos, genito-urinários e renais e prisão de ventre;
    Normalização de distúrbios nos ovários e do útero;
    Age como sedativo e curam neurastenia, que é produzido pela degeneração nervosa, o que produz fadiga rápida, sensação de peso da cabeça, abatimento, preguiça, insônia, perda de memória, capacidade de concentração;
    Aumentam o poder da digestão, curando a dispepsia, decorrente da má irrigação e da degenerescênccia dos órgãos digestivos;
    Seguro remádio contra uma hérnia que ainda esteja começando;
    Benéfico para glândula tireóide, uma das mais importantes na saúde física e mental;
    Aclaram processos mentais e facilitam a concentração;

    Vamos praticar?

    terça-feira, 30 de março de 2010

    Inspiração




    Precisamos de inspiração pra tocar a vida, resolvi colocar a letra de uma música de Almir Sater e Renato Teixeira, que acho linda, que toca o coração, espero que inspire a vocês também.


    Ando devagar porque já tive pressa,
    E levo esse sorriso, porque já chorei demais,
    Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe,
    Só levo a certeza de que muito pouco eu sei, ou
    Nada sei, conhecer as manhas e as manhãs,
    O sabor das massas e das maçãs.
    É preciso amor pra puder pulsar, é preciso paz
    Pra poder sorrir, é preciso a chuva para florir.

    Penso que cumprir a vida, seja simplesmente
    Compreender a marcha, ir tocando em frente,
    Como um velho boiadeiro, levando a boiada
    Eu vou tocando os dias pela longa estrada, eu vou,
    Estrada eu sou, conhecer as manhas e as manhãs,
    O sabor das massas e das maças,
    É preciso amor pra puder pussar, é preciso paz
    Pra poder sorrir, é preciso a chuva para florir

    Todo mundo ama um dia, todo mundo chora,
    Um dia a gente chega, no outro vai embora,
    Cada um de nos compõe a sua história, cada ser em si
    Carrega o dom de ser capaz, e ser feliz,
    conhecer as manhas e as manhãs,
    O sabor das massas e das maças,
    É preciso amor pra puder pussar, é preciso paz
    Pra poder sorrir, é preciso a chuva para florir

    Ando devagar porque já tive pressa,
    E levo esse sorriso, porque já chorei de mais,
    Cada um de nos compõe a sua história, cada ser em si
    Carrega o dom de ser capaz, e ser feliz

    terça-feira, 16 de março de 2010

    Amor



    Fiquei muito sensibilizada com a coluna da Monja Coen na revista Prana Yoga Journal do mês de fevereiro de 2010, que resolvi compartilhar a mensagem é realmente muito bonito.

    "Pense em alguém de quem você goste muito.
    Do passado, do presente ou do futuro.
    Pode ser um bichinho, um brinquedo, uma pessoa, uma criança, uma situação agradável.
    Pense e sinta.
    Sinta, esse amor, agora, aqui em você.
    Conecte-se com amor que habita em você.
    Começe a incluir nessa amorosidade todas as pessoas que estão próximas a você.
    Vá expandindo sua capacidade de amar.
    Inclua todas as pessoas que você conhece.
    Agora inclua as que você não conhece.
    Inclua próximas e distantes.
    Inclua pessoas que você jamais viu.
    Os povos africanos, asiáticos, australianos.
    Os povos e tribos de toda Terra.
    Inclua em seu amor todo o planeta, com árvores e insetos.
    Flores e pássaros. Mares, rios, oceanos.
    Inclua a vegetação da Amazônia e da Patagônia.
    Inclua o Mar Morto e o Deserto do Saara.
    Não deixe o Pequeno Príncipe de fora.
    Inclua os Lusíadas, a Odisseia, Kojiki.
    Inclia toda literatura mundial, um pouco de Machado de Assis, Eça de Queiroz, Shakeaspeare,
    um tanto de Saragosa uma gota de Jorge Amado, banhado por Herman Hesse e Amon Oz.
    Inclua todas as religiões.
    Como se não houvesse dentro nem fora.
    Imagine, como John Lennon, que o mundo é um só.
    O mundo é uno. O mundo, o Universo, o Pluriverso é um só.
    Nós somos unas e unos com o uno.
    Perceba.
    Isto que digo é a verdade.
    E só há esse caminho.
    Inúmeras analogias, linguagens étnicas, expressões regionais e temporais para tentar atingir o atemporal, o fluir incessante, incandescente, brilhante, da vida em movimento transformador.
    Somos a vida da Terra.
    Somos a vida do Universo.
    Somos a vida do Multiverso.
    E quando nossos pequeninos corações humanos se tornam capazes de ir além deste saquinho de pele que chamamos o Eu, nos contatamos com a essência da vida.
    Que é a nossa própria essência e de tudo que é, assim como é.
    Algum nome? Nenhum nome?
    Caminhemos.
    Tornamo-nos o caminho a cada passo.
    Que cada passo seja um passo de paz.
    Que o ano novo se abra com a abertura dos corações-mentes de todos nós, seres humanos.
    Abertura para o infinito.
    Abertura para a imensidão.
    Abertura para a ternura.
    Abertura para a sabedoria.
    Abertura para a compaixão.
    Que todos os seres em todas as esferas se beneficiem com esse amor imenso que aqui e agora juntas, juntos, nos tornamos.
    E ao nos tornarmos o amor, tudo se torna vida e vida em abundância.
    Ame e manifeste esse amor agora.
    Mãos em prece."

    Monja Coen, Prana Yoga Journal, mês de fevereiro de 2010, edição 31.